quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Capoeira de roda será Patrimônio da Humanidade



  • Em Salvador, capoeiristas se apresentam no Farol da Bahia

Dança, luta e símbolo de resistência, a capoeira de roda deverá ser reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Essa semana que vem, em Paris, o Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural e Imaterial da Unesco anuncia sua decisão. Foram feitos 46 pedidos de registro pelos Estados-Membros, sendo que 32 foram recomendados pelo órgão técnico do comitê, entre os quais está o da capoeira - o único apresentado pelo Brasil e um dos três bens da América Latina na lista. Com o reconhecimento, a capoeira de roda se iguala ao Cristo Redentor como patrimônio da humanidade.
No dossiê de candidatura, de 25 páginas, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) enumera uma série de ações para difundir a modalidade e propõe medidas de salvaguarda orçadas em mais de R$ 2 milhões, como a produção de catálogos e encontros. O documento destaca que o registro vai favorecer a consciência sobre o legado da cultura africana no Brasil e o papel da capoeira no combate ao racismo e à discriminação. O dossiê lembra que a prática chegou a ser considerada crime e foi proibida durante um período da história. Hoje, a capoeira é praticada até fora do país.
"A capoeira é uma manifestação cultural de muitas dimensões. É ao mesmo tempo luta, dança e jongo, tão ligada à nossa história, à nossa sociedade, que é um pouco do que é o povo brasileiro", explicou a diretora do Departamento do Patrimônio Imaterial do órgão, Célia Corsino.
Já reconhecida como patrimônio cultural pelo Iphan desde 2008, a capoeira envolve os praticantes por meio do canto, dos instrumentos típicos como o berimbau e o atabaque, em uma roda, onde os golpes se confundem com a dança. Uma prática que é, ao mesmo tempo, jogo e brincadeira.
"A capoeira não é só um jogo, a capoeira é muito mais do que isso, a história da capoeira se confunde com a própria história do país, já foi utilizada até em guerra, como a do Paraguai", diz mestre Paulinho Salmon, capoeirista e professor por mais de 50 anos. Ele faz parte de um comitê de mestres de capoeira no Rio que discute medidas de salvaguarda com o Iphan.
Os pedidos dos mestres para proteger a capoeira e seu aval para registrá-la como patrimônio da humanidade também foram levados em conta no dossiê entregue à Unesco. Entre eles, a possibilidade de a capoeira se tornar disciplina obrigatória nas escolas e nos encontros de troca de conhecimento. Segundo mapeamento do Iphan, a modalidade é praticada por todo o país.
No documento que recomenda o registro, o comitê técnico da Unesco destaca que a capoeira nasce da resistência contra a discriminação e favorece a convivência social entre pessoas diferentes. "[A roda] funciona como uma afirmação de respeito mútuo entre comunidades, grupos e indivíduos e promove a integração social e da memória da resistência à opressão histórica."
No pedido, o Iphan também cita ações como o registro nacional da capoeira de roda como um bem cultural, a criação de grupos de trabalho, encontros e o prêmio Viva Meu Mestre, desenvolvidos com a sociedade civil e órgãos de governo. Para o futuro, como patrimônio da humanidade, são sugeridas medidas para promover a capoeira, contextualizá-la como legado africano no Brasil, além de mapear as rodas e seus mestres.
Conhecido como um dos maiores portos de desembarque de africanos, o Brasil organiza para 2015 o pedido de registro como patrimônio da humanidade do Cais do Valongo, no centro do Rio de Janeiro. Estima-se que o país tenha recebido 40% de todos os africanos escravizados que chegaram vivos às Américas e, desses, cerca de 60% entraram pelo Rio de Janeiro, segundo o antropólogo e fotógrafo Milton Guran, do Comitê Científico Internacional do Projeto Rota do Escravo da Unesco. O Cais do Valongo é considerado sagrado por religiões de matriz africana.

Fonte: http://atarde.uol.com.br/cultura/noticias/1640904-capoeira-de-roda-sera-patrimonio-da-humanidade

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Camuflagem em 16 exemplos extraordinários protagonizados por corujas

Quando corujas caçam, elas usam suas asas silenciosas e a escuridão da noite ao seu favor, a fim de capturar suas presas.
Durante o dia, no entanto, esses animais precisam de algo a mais para passar desapercebidos: camuflagem!
As corujas só caçam a noite, mas durante o dia sofrem o perigo de virar vítimas de outros animais. No entanto, elas são tão boas em se camuflarem que ficam totalmente escondidas dos seus predadores diurnos.
Você pode encontrar as corujas nas imagens abaixo?
É surpreendente o quanto suas penas são adaptadas para ajudá-las a se misturar com os seus arredores. Além disso, corujas podem “inchar” seu corpo ou ficar mais finas se for necessário para se combinar aos elementos do seu ambiente e evitar a detecção. Verdadeiras mestres do disfarce![BoredPanda]

Confira as mestres da camuflagem:

coruja na árvore
coruja camuflando
coruja camuflada
coruja camuflagem 5
coruja camuflada
corujas camufladas
coruja camuflagem 8
coruja camuflagem 9
coruja camuflagem 10
coruja camuflagem 11
coruja
coruja camuflando
coruja camuflando
coruja camuflando
coruja camuflada
corujas camuflagens

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

8 fatos incríveis sobre auroras boreais

A aurora boreal – também conhecida como as luzes do norte – é uma demonstração vívida do campo magnético da Terra interagindo com partículas solares carregadas. De uma beleza incrível, o fenômeno vale enfrentar uma noite fria de vigília quando estiver visitando as latitudes mais ao norte (ou sul, mas por aqui não conseguimos nos aproximar tanto do pólo sem deixar terras razoavelmente civilizadas).
Auroras são centradas nos pólos magnéticos da Terra e ficam visíveis em uma região ligeiramente circular em torno deles. Uma vez que os pólos magnéticos e geográficos não são os mesmos, por vezes, as auroras são visíveis mais ao sul do que se poderia esperar, enquanto em outros lugares podem aparecer mais ao norte.
No hemisfério norte, a zona auroral corre ao longo da costa norte da Sibéria, Escandinávia, Islândia, na ponta sul da Groenlândia e norte do Canadá e do Alasca – elas podem ocorrer mais ao sul que isso, mas fica mais difícil à medida que você se distancia destes pontos. A zona auroral do hemisfério sul está principalmente sobre a Antártica ou o Oceano Antártico. Para ver a aurora austral, você tem que ir para a Tasmânia e há avistamentos ocasionais no sul da Argentina ou nas Ilhas Malvinas, mas são raros.
Agora que você já sabe o básico, vamos dar uma olhada em alguns fatos fascinantes sobre estes espetáculos de luz.

8. Íons diferentes fazem cores diferentes

aurora boreal 8
Auroras são criadas quando os prótons e os elétrons escorrem da superfície solar e batem no campo magnético da Terra. Uma vez que as partículas estão carregadas, elas se movem em espirais ao longo das linhas do campo magnético, os prótons em uma direção e os elétrons na outra. Essas partículas, uma de cada vez, atingem a atmosfera. Como seguem as linhas do campo magnético, a maioria delas entra nos gases atmosféricos formando um anel em torno dos pólos magnéticos, nos quais as linhas do campo magnético se juntam.
O ar é composto em grande parte de átomos de nitrogênio e oxigênio, com o oxigênio se tornando um componente mais presente nas altitudes em que estes fenômenos acontecem – a partir de cerca de 100 quilômetros e indo até aproximadamente 1.000 quilômetros. Quando as partículas carregadas se chocam com estes átomos, elas ganham energia. Eventualmente, relaxam, emitindo a energia e liberando fótons de comprimentos de onda específicos. Átomos de oxigênio emitem luz verde e às vezes vermelha, enquanto o nitrogênio é mais laranja ou vermelho.

7. São visíveis do espaço


Os satélites em órbita podem tirar fotos da aurora – e as imagens que registram são bastante impressionantes. Na verdade, as auroras são brilhantes o suficiente para que sejam visíveis com clareza no lado noturno da Terra, mesmo se estivessem sendo observadas de outro planeta.
aurora boreal 7A órbita da Estação Espacial Internacional (EEI) está inclinada o suficiente para que passe através das luzes celestiais. Na maioria das vezes ninguém percebe, já que a densidade de partículas carregadas é muito baixa. Segundo Rodney Viereck, da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos), o evento só recebe mais atenção durante tempestades solares intensas, particularmente quando os níveis de radiação são altos.
Então, tudo o que os astronautas têm que fazer é mudar para uma área da estação mais protegida. Ironicamente, tempestades solares intensas podem reduzir a quantidade de radiação ao redor da estação espacial, por causa das interações de partículas carregadas com o campo magnético da Terra. Enquanto isso, os astronautas da EEI podem fotografar lindos panoramas de auroras.

6. Outros planetas também têm

Jupiter as seen at a distance of about 400 million miles.
Voyagers 1 e 2 foram as primeiras sondas a trazer imagens de auroras em Júpiter e Saturno e, posteriormente, Urano e Netuno. Desde então, o Telescópio Espacial Hubble também já fotografou auroras fora daqui. Tanto em Júpiter quanto em Saturno, as auroras são muito maiores e mais poderosas do que na Terra, porque os campos magnéticos desses planetas têm ordens de magnitude mais intensas.
Já em Urano, as luzes polares são mais estranhas, porque o campo magnético do planeta é orientado grosseiramente na vertical, mas o planeta gira sobre o seu lado. Isso significa que ao invés dos anéis brilhantes que vemos em outros mundos, em Urano elas se parecem mais com pontos brilhantes únicos – pelo menos foi isso que o Hubble registrou em 2011. Porém, não está claro se este é sempre o caso, porque nenhuma nave espacial viu o planeta de perto desde 1986.

5. As luzes podem se mover para o sul

aurora boreal 5
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Ocasionalmente, as auroras são visíveis mais longe dos pólos do que o habitual. Em tempos de alta atividade solar, o limite sul para ver auroras boreais pode ir até o sul de Oklahoma e Atlanta – como ocorreu em outubro de 2011. Um recorde foi provavelmente definido na Batalha de Fredericksburg, na Virgínia, em 1862, durante a Guerra Civil norte-americana. Muitos soldados documentaram o fenômeno em seus diários.
Viereck ainda explica que é realmente mais difícil agora do que há um século dizer quando auroras são muito brilhantes, uma vez que as luzes das cidades ofuscam o fenômeno. “Poderia haver uma grande tempestade auroral em Nova York e ninguém notar”, disse ele.

4. Sinais divinos?

Falando da aurora da Guerra Civil, alguns observadores interpretaram o show de luzes como um mau presságio (notadamente Elizabeth Lyle Saxon, que escreveu sobre o fenômeno em seu livro de 1905, “As Reminiscências De Uma Mulher do Sul do Tempo de Guerra”), embora a maioria das pessoas só o tenha entendido como uma exibição incomum e impressionante.
Em áreas onde as auroras são raras, muitas vezes elas são vistas como maus presságios, como os antigos gregos achavam. O povo inuit, que vê auroras mais vezes, acredita que as luzes são espíritos brincando no céu. Alguns grupos dizem às crianças para não brincar fora de casa à noite, evitando que a aurora desapareça e os leve junto. Habitantes da Lapônia achavam que as luzes eram os espíritos dos mortos. No Hemisfério Sul, os Maori e os povos aborígines da Austrália associavam as luzes do sul com incêndios no mundo espiritual.
Estranhamente, as literaturas nórdica e islandesa antigas não parecem mencionar auroras muito frequentemente. Os Vikings acreditavam que elas podiam ser fogos ferozes que rodeariam a borda do mundo, uma emanação da chama do gelo do norte, ou reflexos do sol à medida que ele ia para o outro lado da Terra.

3. Fogo frio

aurora boreal 3
As luzes do norte se parecem com fogo, mas, ao toque, não teriam nada a ver com isso. Mesmo que a temperatura da atmosfera superior possa atingir milhares de graus centígrados, o calor é baseado na velocidade média das moléculas – afinal, é isso que a temperatura é. Contudo, sentir o calor é outra questão. A densidade do ar é tão baixa a 96 quilômetros de altitude que um termômetro registraria temperaturas muito abaixo de zero onde a aurora ocorre.

2. Câmeras a vêem melhor

aurora boreal 2
Auroras são relativamente fracas e a luz mais vermelha está, muitas vezes, no limite do que as retinas humanas podem capturar. Câmeras, porém, são frequentemente mais sensíveis, e com um ajuste de longa exposição e um céu escuro e limpo, você pode fazer algumas fotos espetaculares.

1. Você não pode prever uma aparição

aurora boreal 1
Um dos problemas mais difíceis na física solar é conhecer a forma de um campo magnético em uma ejeção de massa coronal (EMC), que é basicamente uma grande bolha de partículas carregadas ejetadas pelo sol. Tais EMCs têm os seus próprios campos magnéticos. O problema é que é quase impossível dizer em que direção o campo EMC está apontando até que ele seja atingido. Uma batida cria ou uma tempestade magnética espetacular e aurora deslumbrantes, ou um fiasco. Atualmente, não há nenhuma maneira de saber antes do tempo. 

Fonte: http://hypescience.com/8-fatos-incriveis-sobre-auroras-boreais/

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

4 mil manuscritos da Biblioteca do Vaticano disponíveis online em HD

A fundação Digita Vaticana é uma das "casas" do arquivo de manuscritos da Biblioteca Apostólica do Vaticano que estão classificados como de grande valor histórico.

O projeto de digitalização começou no mês de março e recorreu a um sistema desenvolvido pela NTT DATA para garantir o acesso a todos os documentos em formato de alta definição, o que assegura que os investigadores podem ver todos os detalhes independentemente do dispositivo que estiveram a utilizar.

O arquivo está acessível online no site da Biblioteca do Vaticano, mas também da fundação Digita Vaticana, que procura apoios para a digitalização de arquivos históricos. O objetivo é digitalizar toda a coleção de 80 mil manuscritos da biblioteca do Vaticano. 


Fonte: http://tek.sapo.pt/extras/site_do_dia/4_mil_manuscritos_da_biblioteca_do_vaticano_1421419.html