O Censo 2010 revelou que começa a perder força a migração de retorno
do Sudeste para o Nordeste. Pesquisa divulgada hoje (17) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseada no Censo 2010,
mostra que 9,5 milhões de nordestinos migrantes são maioria (53%) entre
os 17,8 milhões de pessoas que residem em região diferente da que
nasceram, sendo 66% no Sudeste.
De acordo com a pesquisa Nupcialidade, Fecundidade e Migração, o
Sudeste também é o principal destino de 66% dos 600 mil estrangeiros que
moravam no Brasil no ano do levantamento, seguido da Região Sul. Entre
os migrantes nordestinos, as regiões Norte e Centro-Oeste também foram
escolhidas, com a busca por melhores oportunidades econômicas.
Somente nos cinco anos anteriores ao censo, 828 mil de pessoas
partiram do Nordeste com direção ao Sudeste, enquanto que 386 mil
fizeram o caminho inverso. Um terço tinha entre 60 e 69 anos.
O Distrito Federal, Rondônia, Roraima e Mato Grosso são as unidades
da Federação com os menores percentuais de residentes naturais. De
acordo com o técnico do IBGE Marden Campos, com exceção do Distrito
Federal, cujas principais atividades econômicas são os serviços e o
funcionalismo público, nas demais a agroindústria é a responsável por
atrair mão de obra.
A pesquisa também informa que de todos os migrantes oriundos de
estados do Nordeste, a maioria, com exceção dos naturais do Maranhão,
tinham São Paulo, no Sudeste, como destino. Ao lado do Rio de Janeiro, o
estado tem um dos contingentes mais altos de não naturais. Minas Gerais
e a Bahia tinham a maior população vivendo fora de seus limites - 7
milhões.
“Entre as décadas de 1950 e 1970 havia uma migração massiva do
Nordeste para o Sudeste. No fim do século, na década de 1990, o IBGE
observou forte migração de retorno [volta para casa], do Sudeste para o
Nordeste. Hoje, essa migração de retorno vem perdendo força. Ainda há,
mas não é tão grande como já foi”, destaca Marden Campos.
por Agência Brasil
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