2013 é o Ano Internacional de Cooperação pela Água.
Extrema abriga um dos projetos mais importantes de conservação.
Nascentes alimentam riachos que formam o Jaguari, rio que é bebido
inteirinho pela população da região metropolitana de São Paulo.
O trabalho de recuperação que acontece nas encostas já valeu vários
prêmios. O mais recente foi entregue na semana passada em Dubai,
Emirados Árabes, um importante prêmio da ONU, que reconhece o projeto
“Produtor de Água” como uma das melhores práticas mundiais de
conservação.
O Globo Rural acompanha este projeto desde o início. Em 2008
agricultores foram registrados no caixa da prefeitura recebendo dinheiro
pela conservação das nascentes em um programa pioneiro de pagamento por
serviços ambientais com recursos do município, de ONGs e dos governos
estadual e federal.
Na época, o conservador das águas tinha 40 contratos, eram 40
propriedades, e cobria uma área de 1,2 mil hectares. Agora, já são 150
propriedades, totalizando 7,3 mil hectares, o equivalente a quase 9 mil
campos de futebol como o Maracanã, que passaram a contribuir para uma
melhor e maior produção de água no município.
É notável a melhoria das técnicas na expansão do projeto. No começo de
tudo, o material de fazer cerca subia a montanha no lombo de uma
mulinha, hoje eles já contam com o apoio de tratores para levar mourões,
arame, ferramentas e mudas.
O grupo de reflorestamento, que tinha quatro pessoas, já conta com 20
trabalhadores feito linha de montagem. Uma turma vai na frente, abrindo
as coroas e, para abrir as covas, em vez das antigas cavadeiras, uma
máquina perfuradora de solo faz o buraco. Alguém joga o adubo e também
mecanicamente, é feita a implantação da muda. A plantadeira deposita
hidrogel no fundo da cova, assegurando umidade à raiz por longo tempo,
evitando irrigação e garantindo um pegamento de 95%, segundo o gerente
da equipe, Arlindo Cortez.
A nova metodologia agregou a conservação das encostas. Em uma primeira empreitada, 40 quilômetros de canais foram abertos, técnica milenar que evita erosão e retém mais água no terreno.
A nova metodologia agregou a conservação das encostas. Em uma primeira empreitada, 40 quilômetros de canais foram abertos, técnica milenar que evita erosão e retém mais água no terreno.
Extrema
virou uma vitrine de bons exemplos e a expectativa era de que a
experiência se alastrasse país afora, mas até agora é bem pequena no
Brasil a quantidade de programas que pagam o produtor rural pela
prestação de serviços ambientais. Não passa de 20 o número de projetos
em todo o território nacional.
Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/03/projeto-em-extrema-mg-reconhece-e-paga-por-servicos-ambientais.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário