Imagem: www.rtp.pt
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, manifestou no ultimo domingo(14)
determinação em "adotar todas as medidas necessárias" na luta contra os
jihadistas do grupo Estado Islâmico, responsável pela decapitação do
trabalhador humanitário escocês David Haines.
Cameron, que
acabava de presidir a uma reunião com altas patentes militares e
serviços de informações, não precisou que novas medidas serão adotadas,
mas prometeu que os "responsáveis serão levados à Justiça, qualquer que
seja o tempo necessário para isso", dizendo ainda sobre os autores do
crime: "Não são muçulmanos, mas monstros". Ele prometeu ainda ações que
levem ao "desmantelamento e destruição do Estado Islâmico e do que ele
representa".
Cameron sublinhou que os Estados Unidos anunciaram
uma ação militar direta contra os jihadistas e que dois aviões de
combate Tornado britânicos e dois aparelhos de reconhecimento integram
esse esforço militar, mas afastou o envio de militares britânicos para o
terreno.
"Agiremos de maneira calma e resoluta, mas com
determinação inflexível. Não agiremos isoladamente, trabalharemos em
conjunto com os nossos aliados, não apenas os Estados Unidos e a Europa,
na região", disse.
Na última semana, o governo liderado por
Cameron enviou sinais discordantes, com o ministro dos Negócios
Estrangeiros britânico, Philip Hammond, quanto a uma intervenção
conjunta com os norte-americanos, antes de Downing Street dizer que
"nada estava excluído".
A reação de Cameron surge depois de a
decapitação de David Haines pelos jihadistas ter sido confirmada por um
vídeo considerado genuíno pelas autoridades britânicas, tendo o chefe do
Governo britânico aludido à vítima como sendo um "herói britânico".
O vídeo, com a duração de dois minutos e 27 segundos, intitulado Uma Mensagem aos Aliados da América,
mostra um militante do Estado Islâmico, de rosto tapado, decapitando
David Haines, que trabalhava em uma instituição humanitária na região.
"Vocês
entraram voluntariamente em uma coligação com os Estados Unidos contra o
Estado Islâmico, como o vosso predecessor Tony Blair fez, na tendência
seguida pelos primeiros-ministros britânicos de nunca encontrarem
coragem para dizer não aos norte-americanos", diz a mensagem.
A
voz parece ser as mesmas do homem que surge a falar nos vídeos das
execuções dos dois jornalistas norte-americanos James Foley e Steven
Stloff, indicaram os especialistas.
Londres anunciou esta semana
ajuda em material de guerra às forças curdas no Iraque para lutar contra
os jihadistas, tendo também enviado ajuda humanitária ao Iraque.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2014-09/cameron-vai-adotar-medidas-contra-estado-islamico-apos-decapitacao-de
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