terça-feira, 31 de julho de 2012

Não falta sol no Brasil

Não falta sol no Brasil, mas o aproveitamento de sua energia é uma possibilidade que ainda desponta muito timidamente no horizonte do país. Na geração de eletricidade, por exemplo, há apenas oito “usinas” solares, nada perto das 985 centrais e usinas hidrelétricas do país. No mercado de aquecimento solar de água, apesar de ocupar a sexta posição do ranking mundial elaborado pela Agência Internacional de Energia, em números absolutos a capacidade brasileira se distancia – e muito – da chinesa, a primeira colocada. Enquanto a China tem capacidade de 117,6 mil megawatts térmicos (MWth, unidade utilizada para medir a potência térmica), o Brasil conta com apenas 4.278 MWth.

“O desenvolvimento de fontes de energia renováveis ocorre de forma mais rápida onde não há outras opções”, explica Lucio Teixeira, diretor de Finanças Corporativas da Ernst & Young Terco. “No Brasil, temos uma oferta muito grande de recursos hídricos, discrepante em relação a outros países. Assim, é natural que se foque nesse tipo de energia”, complementa.

Leia mais aqui: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/511302-o-sol-nasce-para-todos-mas-o-brasil-

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Dia internacional da Mulher Negra


"Negra, pessoa de fé e esperança,
Sonhando com justiça e liberdade!
Negra, monumento de fortaleza,
Negro, retrato da beleza
Negra, mulher forte e guerreira

No 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, realizado em Santo Domingo (República Dominicana) em 25 de julho de 1992, definiu-se que este dia seria o marco internacional da luta e resistência da mulher negra.
Vários setores da sociedade têm atuado para dar visibilidade e consolidar esta data procurando combater a falta de oportunidades e de direitos, a depreciação e a diminuição da vida apresentadas pela ideologização do racismo, além da opressão de gênero vivenciada pelas mulheres negras latino-americanas e caribenhas.
O 25 de Julho tenta romper o mito da mulher universal e evidenciar as etnias, suas especificidades e desigualdades, sejam no âmbito da saúde, educação e mercado de trabalho, assim como em todos os aspectos da vida. Foi preciso destacar uma data para simbolizar quem somos e como vivemos enquanto mulher negra.
Dentre as questões que dizem respeito à população negra, tanto em relação à prédisposição genética quanto às condições sociais de exclusão impostas pelo capitalismo, temos agravos e problemas prioritários a considerar: 
Mortalidade materna; transtornos comuns na infância como subnutrição, diarréias, doenças respiratórias; mortalidade infantil aguda; desnutrição (criança, gestante, idoso);
Doenças crônico-degenerativas: hipertensão e diabetes mellitus; doenças cardiovasculares;
Câncer de mama, útero, próstata e de pulmão;
Anemia falciforme; mortalidade precoce dos doentes falciformes;
Depressão, alcoolismo, estresse, etc; infecções e cirrose hepática.
 
Fonte: Seminário Nacional de Saúde da População Negra/2004 (Ministério da Saúde e
Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)

quinta-feira, 19 de julho de 2012

‘É ingenuidade pensar que tudo acabou’, diz Frei Betto sobre espiões da ditadura

Um dos principais nomes da Igreja Católica na luta contra o regime militar e ex-assessor da Presidência diz que tem certeza que o MST está entre os alvos dos militares hoje

“É muita ingenuidade nossa pensar que tudo acabou”. A frase é do escritor Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Betto, um dos principais nomes da Igreja Católica brasileira na resistência à ditadura militar (1964-1985). Preso entre 1969 e 1974, acusado de integrar a Ação Popular ao lado do guerrilheiro Carlos Marighella, Frei Betto está convencido de que os militares ainda agem nos bastidores do Planalto espionando as mais altas autoridades do país, inclusive a Presidência da República.
Em entrevista ao iG, Frei Betto, que foi assessor especial da Presidência no primeiro governo Lula, disse ter alertado o então chefe de gabinete Gilberto Carvalho sobre a possibilidade de escutas telefônicas no Palácio do Planalto. “Estou convencido de que isso existe até hoje. Não que eles (militares) estejam me seguindo ou espionando. Mas tenho certeza que o MST e até a Presidência da República, sim”, afirmou.
iG – Como era a atuação da Igreja na proteção dos perseguidos pela repressão? Registros mostram que até bispos de direita como d. Eugênio Sales ajudavam a esconder alvos da ditadura.
Frei Betto – A minha pergunta é por que o d. Eugênio (morto no último dia 9, aos 91 anos) fez isso para estrangeiros e não fez para brasileiros? Essa é a minha pergunta.
iG – Existia uma rede de solidariedade na Igreja, uma rota de fuga com conexões no exterior?
FB – Meu trabalho principal foi organizar essa rota de fuga. Mandei umas 10 pessoas. Em geral, sequestradores do embaixador americano (Charles Elbrick). Ninguém acredita, a repressão muito menos, mas a verdade é que eu nunca fui na fronteira. No entanto, eu dominava o esquema da fronteira porque o (Carlos) Marighella tinha me passado como funcionava. Só tinha que receber as pessoas em Porto Alegre e dar a dica. Tinha duas passagens. Uma em Santana do Livramento com Rivera, no Uruguai, e outra em Passo de Los Libres, na Argentina. Então eu tinha que dar as coordenadas e passar um telegrama em código para a pessoa que ia ficar lá esperando e já sabia que alguém ia chegar lá com uma revista na mão, aquelas coisas. E passava. Alguns voltaram. Outros foram presos no Uruguai, Mas havia muita solidariedade em igrejas, conventos etc.
Cristina Gallo/Fotoarena
Preso entre 1969 e 1974, acusado de integrar a Ação Popular ao lado de Carlos Marighella
iG – Protestantes e outros grupos religiosos participavam dessa rede de solidariedade?
FB – Muito. O pastor Jamie Wright, por exemplo. O irmão dele foi assassinado, Paulo Wright, líder da AP (Ação Popular). Geralmente em Igrejas históricas como a Batista, Luterana, Presbiteriana, Metodista, judeus. Naquela época quase não existiam as neopentecostais. E todos eles divididos a exemplo da Igreja Católica.
iG – Como era lidar com os infiltrados?
FB – Era muito difícil. Quando estávamos presos no Dops, em 1969, havia lá o delegado Alcides Cintra Bueno que era chamado “delegado do culto” por ser especializado em religiões. Era um homem de formação católica meio carola, mas torturador. Como ele conhecia muito a mecânica das Igrejas era o que mais interrogava religiosos. Nós vimos frades de hábito que eram agentes dele e iam lá dar informação sobre subversão na Igreja. Além do Lenildo Tabosa que era do Jornal da Tarde, assistiu ao interrogatório do Frei Fernando e a vida inteira carregou esta cruz fazendo de tudo para negar. Mas nunca conseguiu convencer, Fernando viu.
iG – Até descobrirem a existência de infiltrados muitas pessoas caíram?
FB – Sim. Era muito difícil descobrir infiltrados. Muitos a gente detectou, mas tem gente que colaborou com a ditadura e vai morrer incólume. A não ser que tenha dado uma mancada. Tem um seminarista dominicano que a gente não sabe se ele já era colaborador quando entrou. Depois, na USP, descobriram que ele era agente da repressão. Ele sumiu do mapa durante uns cinco anos e então recebemos informação de que ele tinha sido levado para um treinamento na escola da CIA no Panamá. Quando eu saí da prisão ele reapareceu todo amiguinho dizendo que estava com saudade e falei para ele, cara a cara, “não sei se você é ou não é, mas não tenho a menor confiança em você e por favor não me apareça mais”.
iG – Essa paranoia durou até depois do fim da ditadura, não?
Cristina Gallo/Fotoarena
'Informação é poder', diz Frei Betto sobre espionagem pós-ditadura
FB – Quando saí da prisão fui morar numa favela em Vitória e fiquei lá de 1974 a 1979. Já em 1977 comecei a voltar a São Paulo para trabalhar com educação popular. Quando Fernando Henrique, Almino Afonso e Plínio de Arruda Sampaio voltaram para o Brasil eles vieram com a ideia de fundar um partido socialista. Eu, naquele momento, estava no auge da mobilização pelas CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) e eles me convocaram para uma reunião na casa de um jornalista, cujo nome não vou citar pois estou subjetivamente convencido que esta pessoa era da repressão mas não tenho prova. Sei que me estranhou o fato de ele ser um repórter e ter um padrão de vida tão alto. E tome vinho, tome vinho, conversamos, eles tentavam me convencer que tinham a forma, um partido socialista, e eu entrava com a massa, as CEBs. Eu respondi que ia surgir um partido de baixo para cima, isso em 1978, por intuição, e depois surgiu o PT em 1980. Marcamos outra conversa, o jornalista insistiu para que fosse novamente na casa dele e isso acabou num impasse. Até que um frade daqui, depois de muitos anos, me perguntou se eu havia participado de uma reunião na casa de fulano, com Fernando Henrique (Cardoso, ex-presidente) e Plínio (de Arruda Sampaio) etc. Perguntei como ele sabia daquilo e o frade respondeu que um general amigo dele ligado ao SNI foi quem contou. Aí caiu a ficha. Tinha muito esse tipo de coisa. Recentemente peguei no arquivo público nacional todo meu dossiê. Ele vai até 1992. E tem coisas absolutamente inverossímeis.
iG – O senhor ainda toma algum cuidado especial?
FB - Estou convencido de que isso existe até hoje. Não que eles (militares) estejam me seguindo ou espionando. Mas tenho certeza que o MST e até a Presidência da República, sim. Seria muita ingenuidade nossa achar que o Planalto não é espionado. É o centro, o coração do poder. Quando trabalhei no Planalto (no primeiro governo Lula) duas coisas me chamaram atenção. Primeiro que todos os garçons eram das Forças Armadas. E o garçom é a pessoa que entra no meio da reunião, que enquanto está servindo o cafezinho fica escutando tudo, fica amigo das secretárias, tem trânsito livre até na sala do presidente. Não entra o ministro, mas entra o garçom. E outra coisa foi num dia em que o Lula estava viajando, subi na sala do Gilberto Carvalho (então chefe de gabinete da Presidência) e vi um pessoal na sala do Lula cheio de equipamentos. Perguntei o que era aquilo e o Gilberto disse que era o pessoal da varredura do Exército. Eu perguntei para o Gilberto qual a garantia de que eles não tiram um equipamento de gravação e colocam outro. Gilberto disse que nunca tinha pensado nisso.
iG – Mas seriam os militares?
FB – Sim. Os militares.
iG – Com qual objetivo?
FB – O objetivo é simples. Informação é poder.
iG – O que se sabe é que existe uma grande rede de espionagem em Brasília mas por razões econômicas, chantagem etc.
FB – Os militares neste ponto são mais... é como nos EUA. A CIA não prende ninguém. Ela só trabalha com informação. Quem prende é o FBI. É muita ingenuidade nossa pensar que tudo acabou.
iG – Os militares teriam um projeto de retomar o poder?
FB – Não. Eles têm o projeto de não serem surpreendidos e eventualmente até de manipular.
iG – Eles são movidos pelo medo?
FB – Não. É uma questão de inteligência militar mesmo.
Colaborou Gisele Silva, iG São Paulo
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2012-07-18/e-ingenuidade-pensar-que-tudo-acabou-diz-frei-betto-sobre-espioes-da-ditadura.html
 

 

domingo, 15 de julho de 2012

A proposta do governo para acabar com greve nas universidades

A proposta prevê a implantação de um novo plano de carreira e assegura reajuste salarial já pré-estabelecido ao longo dos próximos três anos, que pode chegar a 45%. Os professores avaliarão a oferta em assembleias, a partir da próxima semana. A primeira impressão dos diretores do sindicato é que a proposta não contempla as reivindicações da categoria. A principal crítica é que a proposta de nova carreira privilegia os poucos professores no topo, em detrimento da maioria dos profissionais da ativa e da quase integralidade dos aposentados.

Brasília - O governo federal apresentou, sexta-feira (13), uma contraproposta à pauta de reivindicações dos docentes das universidades e dos institutos federais, em greve há 57 dias. De acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), a contraproposta prevê a implantação de um novo plano de carreira e assegura reajuste salarial já pré-estabelecido ao longo dos próximos três anos, que podem chegar a 45%.

De acordo com o MPOG, a oferta permitirá aos professores doutores recém ingressos na carreira, em regime de dedicação exclusiva, receber um salário mensal de R$ 8,4 mil. Já os professores que já estão na universidade, no mesmo nível, terão o salário reajustado de R$ 7,3 mil para R$ 10 mil. Ao longo dos próximos três anos, a remuneração do professor titular com dedicação exclusiva passará de R$ 11,8 mil para R$ 17,1 mil.

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) vai submeter a contraproposta do governo, na próxima semana, à base da categoria, já quase toda ela em greve. Das 59 universidades do país, 56 encontram-se paradas, além de institutos tecnológicos e escolas de aplicação. Entretanto, a primeira impressão dos diretores da entidade é que ela não atende aos anseios dos docentes.

“Nesta reunião, nós não discutimos o conteúdo. Vamos, primeiro, submeter a proposta à base, como é nossa prática. Mas já podemos observar pelos menos duas características que confrontam o que reivindicamos: o governo não enfrenta o problema da desestruturação da carreira, arbitrando valores aleatórios para a titulação, e privilegia os docentes alocados no topo, o que prejudica a maioria dos profissionais da ativa e quase a integralidade dos aposentados”, afirma o 1o vice-presidente do Andes-SN, Luiz Henrique Schuch.

Pela tabela apresentada, o governo elimina os níveis mais baixos da carreira. Assim, o menor salário pago em 2010, de R$ 1,6 mil (professor auxiliar, nível 1, sem titulação, em regime de 20 horas), passará para R$ 1, 8 mil (professor assistente, nível 1, sem titulação, 20 horas). A maioria, os adjuntos, que recebiam de R$ 1,8 mil a R$ 7,9 mil, passarão a ganhar entre R$ 2,2 mil e R$ 10,9 mil. Os aposentados ficariam alijados da perspectiva de receber salários mais altos, já que a imensa maioria se aposentou sem atingir a classe de titular.

O diretor do Andes-SN criticou também o fato do governo não esclarecer como irá escalonar o percentual de reajuste, além de comparar os valores que eram pagos aos professores em julho de 2010 com os que serão devidos em março de 2015. “A proposta não estabelece o percentual de aumento que será dado a cada ano. Além disso, não dá para comparar valores pagos em 2010 e 2015 como se não houvesse inflação no período”, justifica.

Confira a proposta do governo para os docentes das universidades

Confira a proposta do governo para os professores dos institutos federais

Fonte: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20573

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Você sabe porque a aliança é usada no quarto dedo???

INTRIGANTE E INTERESSANTE!

Uma lenda chinesa conseguiu explicar de uma maneira bonita e muito convincente, PORQUE A ALIANÇA É USADA NO QUARTO DEDO.

Os polegares representam os pais. Os indicadores representam teus irmãos e amigos.O dedo médio representa a você mesmo. O dedo anelar (quarto dedo) representa o seu cônjuge. O dedo mindinho representa seus filhos. Agora junte suas mãos palma com palma, depois, une os dedos médios de forma que fiquem apontando a você mesmo, como na imagem….

Agora tenta separar de forma paralela seus polegares (representam seus pais) você vai notar que eles se separam porque seus pais não estão destinados a viver com você até o dia da sua morte, una os dedos novamente.
Agora tenta separar igualmente os dedos indicadores (representam seus irmãos e amigos), você vai notar que também se separam porque eles se vão, e tem destinos diferentes como se casar e ter filhos.

Tente agora separar da mesma forma os dedos mindinhos (representam seus filhos) estes também se abrem porque seus filhos crescem e quando já não precisam mais de nós se vão, una os dedos novamente.

Finalmente, tente separar seus dedos anelares (o quarto dedo que representa seu cônjuge) e você vai se surpreender ao ver que simplesmente não consegue separá-los. Isto se deve ao fato de que um casal está destinado a estar unido até o último dia da sua vida, e é por isso que o anel se usa neste dedo.

Fonte: Facebook