Investir 1,06% do PIB global em agricultura sustentável a partir de 2015 pode gerar 50 milhões de novos empregos verdes no campo até 2050
O relatório Evitando a Fome no Futuro: fortalecendo a base ecológica da
segurança alimentar por meio de sistemas alimentares sustentáveis,
lançado nesta quarta-feira (20) pelo Programa das Nações Unidas para o
Meio Ambiente (Pnuma), durante a Rio+20, apontou para a necessidade de se levar em conta a proteção dos serviços ambientais básicos nos debates de segurança alimentar.
De acordo com o relatório, perde-se muito tempo discutindo a respeito
da disponibilidade e acesso à comida, enquanto o mundo está acabando com
seus serviços ambientais básicos – como a água e o solo. “Temos que
trabalhar em cima do fato de que é possível produzir alimentos sem minar
a natureza. É preciso investir em sistemas alimentares sustentáveis,
caso contrário o mundo não dará conta de alimentar os nove bilhões de
habitantes previstos para 2050”, disse Joseph Alcamo, cientista-chefe do
Pnuma, que apresentou o relatório aos jornalistas.
Segundo ele, essa transição para uma produção de alimentos mais
sustentável não é tão difícil de acontecer. “Por exemplo, se investirmos
1,06% do PIB global emagricultura sustentável a partir de 2015,
poderemos ter até 50 milhões de novos empregos verdes no campo até 2050.
É uma situação de ganha-ganha. Fortalecemos as bases ecológicas da
agricultura e aumentamos a oferta de emprego, ou seja, esquentamos a
economia”, apontou Alcamo.
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