Chefes das Forças Armadas frustram os manifestantes golpistas que pedem intervenção militar e destituição da presidente Dilma: "Os militares de hoje estão totalmente comprometidos com a democracia e não vão voltar ou apelar para um golpe"
Dirigentes que integram as Forças Armadas rechaçaram a possibilidade de os militares da ativa atenderem aos pedidos de intervenção
e destituição da presidente Dilma Rousseff (PT) do poder. O pleito é
fomentado por alas conservadoras e direitistas que promovem passeatas
desde a vitória de Dilma sobre Aécio Neves (PSDB) em outubro passado.
Um dos argumentos é que a reeleição da petista consumará a
instauração de um golpe de teor comunista no Brasil. Segundo o
comandante da Marinha, os militares de hoje estão totalmente
comprometidos com a democracia e não vão apelar para um golpe.
Os três chefes das Forças Armadas do Brasil foram ouvidos pela colunista da Folha,
Monica Bergamo. O general Enzo Peri, o brigadeiro Juniti Saito e o
almirante Julio Soares de Moura Neto retrataram um ambiente de absoluta
normalidade institucional.
“Os militares estão totalmente inseridos na democracia e não vão
voltar. Isso eu garanto”, disse o almirante Julio Soares de Moura Neto,
comandante da Marinha. “Os militares só voltam em seu papel
institucional, que é o que têm hoje”, afirmou.
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Saito, por sua vez, criticou os radicais. “São opiniões de
extremistas”, afirma, antes de sentenciar. “É algo impossível de
acontecer. Só quem poderia tentar fazer isso é o pessoal da ativa. E,
como nós não queremos nada nesse sentido, não há a menor chance de essas
ideias evoluírem.”
Peri também rechaça a pregação golpista. “Nós vivemos há muitos anos em um ambiente de absoluta normalidade.”
Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/11/chefes-das-forcas-armadas-condenam-radicais-o-brasil-e-uma-democracia.html
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