Apesar de ter protagonizado o maior feito do PSDB frente ao PT nas
últimas quatro eleições, Aécio Neves enfrenta desde já a dura batalha
para se firmar como principal opção do partido. O cenário estará mais
disputado. Primeiro no Senado, onde é criticado por aliados por ter sido
pouco atuante, Aécio enfrentará a concorrência do tucano José Serra,
que não esconde de aliados o desejo de concorrer novamente à
Presidência, e com quem Aécio travou por anos disputa interna.
Serra foi candidato a presidente em 2002, quando perdeu no segundo
turno para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e em 2010, quando recebeu
mais de 47 milhões de votos, mas foi derrotado pela presidente Dilma
Rousseff (PT).
Outro "peso pesado" do PSDB no caminho de uma segunda candidatura de
Aécio Neves é o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Reeleito no
primeiro turno, com expressivos 57% dos votos, é um candidato quase
natural do tucanato paulista. Mas Alckmin trata do assunto com reservas.
Alckmin concorreu ao Planalto em 2006, contra o ex-presidente Lula.
Desde então, dedicou-se a remontar suas forças em São Paulo. Tentou se
eleger prefeito da capital em 2008 e perdeu. Voltou em 2010 elegendo-se
governador no primeiro turno.
Reivindicando sua relevância no tabuleiro das mexidas no xadrez
tucano está o senador Álvaro Dias, do Paraná. Reeleito com a maior
votação que um senador teve no país, Dias manda um recado direto para
Aécio. "O PSDB precisa parar de analisar seus quadros apenas entre São
Paulo e Minas".
Presidência do PSDB
Passo importante para consolidar o projeto do senador mineiro para
2018 é continuar no comando do PSDB. Aécio preside a sigla desde 2013 e
pode enfrentar oposição de São Paulo para ficar no posto. A nova
diretoria será escolhida no ano que vem.
A permanência na chefia da legenda é vital para o senador dar outros
passos. O primeiro: manter uma agenda intensa de viagens pelo país,
especialmente no Nordeste, onde o PSDB teve seu pior desempenho na
eleição, não elegendo nenhum governador.
Em outro lance vital, a presidência da sigla também dará ao mineiro a
possibilidade de intervir diretamente na escolha das alianças e
candidaturas para as próximas eleições municipais, em 2016.
Dependendo das variáveis e de como de movimentarão as principais
peças do PSDB, Aécio Neves pode chegar a 2018 bem menor do que em 2014.
Fonte: http://www.brasil247.com/pt/247/poder/159148/A-dura-miss%C3%A3o-de-A%C3%A9cio-superar-Serra-e-Alckmin.htm
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