A primeira semana da presidente Dilma Rousseff
após as férias na base naval de Aratu, na Bahia, foi frenética; ela
recebeu governadores eleitos, como Fernando Pimentel e Luiz Fernando
Pezão, deputados, senadores e políticos empenhados em montar novas
frentes de apoio no Congresso, como o governador cearense Cid Gomes e o
ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab; para Veja, no entanto, ela
estaria presa em seu labirinto, experimentando agora a "solidão da
vitória"; na verdade, quem buscou o isolamento foi a Editora Abril, com
seu radicalismo e sua tentativa de golpe contra a democracia
O pior cego,
diz o provérbio, é aquele que não quer ver. Este parece ser o caso da
revista Veja, carro-chefe da Editora Abril, empresa que, no dia das
eleições presidenciais, viveu o maior vexame da história da imprensa
brasileira, ao ser condenada a publicar um direito de resposta em favor
de uma candidatura (a da presidente Dilma Rousseff) por tentar golpear a
democracia brasileira com sua tentativa de manipular as intenções de
voto na notória capa "eles sabiam de tudo".
Isolada em seu fanatismo anti-Dilma,
anti-PT e, muitas vezes, até anti-Brasil, Veja dedica sua capa desta
semana à suposta "solidão da vitória" da presidente reeleita. De acordo
com a revista, Dilma venceu, mas sem saber exatamente "por que" e "para
quê".
Se os fatos não corroboram a tese da
revista, danem-se os fatos. Nesta semana que passou, a primeira após as
férias de Dilma na base naval de Aratu, na Bahia, o ritmo foi frenético
no Palácio do Planalto e no Alvorada.
Dos encontros mais importantes,
destacam-se as idas do governador cearense Cid Gomes e do ex-prefeito de
São Paulo, Gilberto Kassab. Ambos estão empenhados em reforçar a
governabilidade do segundo governo Dilma. Cid articula uma nova frente
de esquerda, com parlamentares que viriam do Pros, seu partido, do PDT e
do PSB, enquanto Kassab está prestes a recriar o Partido Liberal, que
será fundido com seu PSD. Cada um deles espera arregimentar cerca de 70
parlamentares.
Dilma também recebeu governadores
eleitos, como Fernando Pimentel, de Minas, Rui Costa, da Bahia,
Wellington Dias, do Piauí, e Luiz Fernando Pezão, que foram empenhar
apoio. Outro que foi a Brasília foi o prefeito do Rio, Eduardo Paes,
interessado na parceria para a boa organização dos Jogos Olímpicos de
2016. Além disso, Dilma iniciou conversas com o governador tucano
Geraldo Alckmin, para enfrentar a crise de abastecimento de água em São
Paulo.
O que não faltou, portanto, foi
diálogo nesses primeiros dias pós-reeleição. Assim como também foram
emitidos sinais na economia, com o aumento de 0,25 ponto percentual na
taxa Selic, do Banco Central, de 3% na gasolina e a promessa de maior
rigor fiscal. Tais medidas, que representam um ajuste brando e suave na
economia, ao contrário de uma freada brusca, demonstram que Dilma foi
fiel ao discurso de campanha. No entanto, Veja aponta um suposto
"estelionato eleitoral" em altas – repita-se – de 3% na gasolina e 0,25
ponto percentual na taxa Selic.
Para coroar, o editorialista José
Roberto Guzzo, membro do conselho editorial da Abril, afirma que Dilma
gostaria que os 51 milhões de eleitores de Aécio simplesmente
desaparecessem do mapa. Será que ela tem algum plano de extermínio em
massa ou Veja é que continuará cega diante da realidade e isolada em seu
fanatismo?
Fonte: http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/159830/Dilma-est%C3%A1-s%C3%B3-ou-Veja-%C3%A9-que-n%C3%A3o-foi-convidada.htm
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